segunda-feira, 18 de julho de 2011

DEZESSETE ANOS DEPOIS...




17 de Julho e disputa de pênaltis era uma combinação mágica para o futebol brasileiro, até o dia de ontem.

Em 1994, o tetracampeonato veio após um zero a zero com a Itália e três penalidades desperdiçadas pela Azurra, por Baggio, Massaro e Baresi, na ordem inversa.

Um ano depois, na Copa América, Taffarel segurou mais duas penalidades e o Brasil avançou às semis depois de eliminar os argentinos. Provavelmente, o jogo entrará para a posteridade por conta da mão de Túlio.

Ontem, quando o tetra completava 17 anos, mais uma disputa, desta vez contra os paraguaios.

Nesse meio tempo, mais algumas disputas se sucederam.

Derrota para os uruguaios na mesma Copa América 95, vitória sobre os holandeses na dramática semi-final da Copa de 98, e vitórias sobre argentinos e uruguaios nas Copas América de 2004 e 2007.

Ontem, mais uma vez o time da CBF resolvia sua vida na marca da cal, e o resultado foi desastroso.

Elano chutou a bola tão longe que o artefato esférico atingiu a cabeça de um marciano incauto.

Thiago Silva chutou com a velocidade de uma tartaruga manca, e Justo Vlllar não fez a menor força para evitar que ela adentrasse em sua meta.

André Santos imitou Elano, e resolveu dar a bola do jogo de presente para alguém que estava na arquibancada.

Fred resolveu fazer diferente: resolveu chutar tão longe quanto Elano e André, só que ao invés de chutar para o alto, chutou para o lado.

Enquanto isso, os paraguaios aproveitaram dois dos três pênaltis batidos.

E assim se encerrava a participação brasileira nessa Copa América, justo na partida em que os Manos do Mano não jogaram tão mal, criaram chances e a defesa não passou nem deu sustos.

Que sirva pelo menos como alerta. O trabalho está ainda no começo, e os desvios de rota podem ser corrigidos.

Ainda não é hora de trocar o treinador, mas que fique claro que os créditos de Mano Menezes se acabaram. Aliás, ele está em dívida.