quinta-feira, 23 de junho de 2011

A TERCEIRA ESTRELA




De maneira absolutamente merecida, o Santos venceu o Peñarol por dois a um, e conquistou a Copa Libertadores da América.
Após uma primeira etapa complicada, amarrada, mas disputando um segundo tempo com a cara da equipe, demonstrando habilidade, faro de gol e muito espírito de luta.
Disputará agora, com o Barcelona, o título de melhor equipe do planeta, numa partida que promete ser memorável.
Dentro da proposta das duas equipes,no primeiro tempo, podemos dizer que Peñarol se saiu melhor, embora, durante todo o tempo, a iniciativa de ataque tenha sido sempre do Santos.
O problema é que, com Neymar e Ganso bem marcados – até com certa violência – o Peixe não conseguiu imprimir um ritmo forte no jogo, facilitando o estilo defensivo uruguaio.
Elano, com maior liberdade, se sobressaiu na equipe, proporcionando as melhores chances, com passes precisos e cobranças de falta sempre perigosas.
Como a que bateu aos 3 minutos, na cabeça de Durval, que colocou por sobre a meta.
Aos 8 minutos, foi a vez de Elano arriscar da intermediária, para boa defesa de Sosa.
Logo depois Aguilar, de maneira criminosa, pisou na panturrilha de Ganso, mas o árbitro nada marcou.
Foi novamente dos pés de Elano, em cobrança de falta da entrada da área, aos 32 minutos, bem defendida pelo goleiro uruguaio, que o Peixe criou nova chance.
Nos últimos 10 minutos o Santos passou a atacar com maior rapidez, passando então a incomodar um pouco mais a defesa adversária.
Aos 43 minutos Léo perdeu um gol feito, na cara do goleiro, ao bater de perna direita para fora, após jogada de Zé Eduardo com Neymar.
Um pouco antes disso, Neymar recebeu amarelo por solada em Gonzales, que o marcava implacavelmente, ocasionando a substituição do uruguaio por contusão.
Na saída do intervalo, Ganso perdeu a cabeça com um zagueiro do Peñarol, e quase lhe acertou um soco, respondendo a uma mão que havia recebido no rosto.
O Santos voltou diferente no segundo tempo, mais ligado, rápido, porém jogando com a calma necessária para vencer.
Por sorte, logo no primeiro minuto, Ganso tocou de maneira genial uma bola de letra à Arouca, que encontrou Neymar na esquerda para, de primeira, abrir o caminho do título.
E o Santos dominava amplamente o jogo, enquanto os uruguaios, desesperados, começaram a bater.
Mas logo aos 23 minutos, Neymar abriu para Elano lançar Danilo na direita, que fez uma bela finta na zaga para dentro e bateu, rasteiro, com categoria, ampliando o placar.
Título praticamente garantido, não apenas pelo futebol disputado pelo Peixe na segunda etapa, mas também pela dificuldade enorme dos uruguaios em atacar.
O Santos levou um susto, é verdade, meio que por obra do acaso, quando numa bola cruzada pela direita, Durval tentou cortar e marcou contra, aos 34 minutos.
Mas nada que pudesse modificar o panorama do jogo.
Logo depois o Peixe desandou a perder gols no contra-ataque, alguns inacreditáveis, como numa bola em que Ganso e Zé Eduardo concluíram, quase em cima da risca, para fora.
Cleber Machado, com o coração santista, chegou até a gritar gol.
Mesmo assim, o Peñarol quase não conseguiu pressionar, devido a enorme diferença técnica entre as equipes.
Houve tempo ainda para Neymar, em contra-ataque rápido, bater uma bola na trave, e, no rebote, Zé Eduardo concluir para fora.
Apesar da violência Uruguai após o apito final, provocados por um imbecil que invadiu o gramado, nada mais poderia mudar a história construída até ali por este fantástico grupo de jogadores, treinados pelo melhor técnico deste País, fato que o Rei Pelé soube reconhecer, ao fazer questão de abraçá-lo, no centro do gramado.
Pela terceira vez a América é do Peixe !